O texto toca em algo muito importante. Há, de fato, uma tendência no discurso vigente em colocar o usuário com mera vítima inocente dos algoritmos. É inegável o seu poder. Não se discute. Porém, é inegável que nós também podemos assumir minimamente o controle do que nos é passado com pequenas práticas. Quer dizer, há uma espécie de mão dupla aqui.
Claro que é muitas vezes difícil atuar com "racionalidade" diante de um turbilhão de estímulos, mas é algo a se pensar.
Eu só posso tentar imaginar como é depender de rede social pra tirar o ganha pão. Deve ser horrível.
Também lembrando da Legião Urbana, chega uma hora que o uso desmedido das redes nos transforma em "uma cópia do que faço"
Vejo muito isso, sempre penso pq será que a pessoa tem tanto seguidor se o conteúdo é meio bobo... tipo a americana que só faz gororoba de enlatados. Eu sou dessas que fez a limpa, não sigo nem parente, vou seguir gente que eu nem conheço só pela fofoca, eu heim!
Boa tarde, Sabrina. Gostei das reflexões. Não trabalho online e ri com o meme do concurso, é realmente libertador ser efetivo e não precisar ~performar intencionalmente~ para garantir renda. Há tempos sinto esse cansaço das redes tbm, tanto é que tive indas e vindas no instagram nos últimos anos. Atualmente tenho conta, mas raramente entro. Sentia esse cansaço tbm com o whatsapp e há uns meses deletei. Foi o sentimento mais libertador, algo instantâneo ao deletar a conta. É como se fossa dona do meu próprio tempo e demandas. Me comunico pessoalmente, por email, SMS/ligação ou pelo meu blog (escrevi recentemente sobre o tempo do professor, dialoga um pouco com a questão das redes/whats no trabalho https://quimicaempratica.com/2025/10/24/o-tempo-do-professor/). Mesmo digital, essa escolha parece analógica e dá certo alívio pra mente. Acredito que as redes promovem excesso de estímulos, nos deixam exaustos, mas são poucos que têm a sensibilidade para perceber o quanto estão sendo afetados. Esse excesso de informação e estímulos têm impactado ainda mais as crianças/adolescentes, que nem chegaram a viver num mundo um pouco mais lento. É claro que sou vista como inconveniente, anti-social, isolada, porque o excesso de redes e infos virou o novo normal. Fazer o quê. Também poderíamos discutir sobre como o conteúdo rápido e viciante tem provocado uma preguiça cognitiva, porque mesmo que busque fazer aulas que gerem engajamento, o cérebro dos jovens está ficando habituado a outro nível de estímulo: frenético, imediato e, por vezes, raso (por não conseguirem concentrar por muito tempo). Um grande desafio que estamos passando mundialmente, vivo/penso nisso todos os dias.
Concordo demais.. no início de novembro resolvi excluir o app do Instagram do celular e nunca mais entrei.. estou só no substack no momento e me sentindo bem melhor.. claro que faz falta ver stories de quem eu admiro o trabalho ou acompanhar família e amigos, mas parte deles está aqui também ou no YouTube.
Me desfiz das minhas contas no Facebook e no Instagram, em parte por causa disso.
Me distraía demais com aquela avalanche de posts inundando a minha timeline diuturnamente (fora o tanto de posts q achei interessantes, salvei, e depois nem reli e nem passei pra frente).
Tô pra fazer uma faxina parecida no Spotify e no YouTube.
É tanto canal e tanto conteúdo q eu acho legal, importante de engajar, ou que me desperte qualquer interesse, que se deixar eu fico o dia inteiro (e td dia) descarregando e carregando bateria de celular (com o aparelho alternando papéis de rádio e televisão várias vezes ao longo do dia).
Já tive q desativar a notificação de alguns canais, pq tava humanamente impossível conseguir assistir e ouvir td q chegava (e ainda ter uma vida normal).
Reflexão maravilhosa! Eu fiz o movimento de sair das redes sociais focadas em vídeos, pois elas não estavam me fazendo bem. TikTok eu deletei mesmo, mas o Instagram ainda está lá, só evito entrar. Ainda não consegui deletar porque foi um trabalho árduo e conheci muita gente legal por lá.
Mas antes de parar de usar, fiz essa limpeza que você sugere. Não sabia explicar porque eu seguia metade daquela gente.
Totalmente de acordo. Eu sigo tantas coisas apenas por querer engajá-las, pois são maravilhosas; mas, perco totalmente o controle no turbilhão de conteúdo.
O “Silenciar” ajuda bastante a não receber conteúdo não
prioritário. Ainda assim, tenho certeza que deixo de receber muita coisa necessária por não saber filtrar tão bem minhas curtidas.
Sim, também aprendi a não curtir tudo que aparece, porque vai afetar também o que recebo. A gente tem que melhorar o uso com as ferramentas disponíveis também.
Gente que segue quem me fez muito mal (e sabe disso), em geral, eu deixo de seguir. Não sou obrigada a conviver com quem normaliza quem me violentou.
O texto toca em algo muito importante. Há, de fato, uma tendência no discurso vigente em colocar o usuário com mera vítima inocente dos algoritmos. É inegável o seu poder. Não se discute. Porém, é inegável que nós também podemos assumir minimamente o controle do que nos é passado com pequenas práticas. Quer dizer, há uma espécie de mão dupla aqui.
Claro que é muitas vezes difícil atuar com "racionalidade" diante de um turbilhão de estímulos, mas é algo a se pensar.
Eu só posso tentar imaginar como é depender de rede social pra tirar o ganha pão. Deve ser horrível.
Também lembrando da Legião Urbana, chega uma hora que o uso desmedido das redes nos transforma em "uma cópia do que faço"
No mais, boa mudança!
Sim! Desde que comecei a trabalhar com as redes tenho sentido isso! É horrível!
Vejo muito isso, sempre penso pq será que a pessoa tem tanto seguidor se o conteúdo é meio bobo... tipo a americana que só faz gororoba de enlatados. Eu sou dessas que fez a limpa, não sigo nem parente, vou seguir gente que eu nem conheço só pela fofoca, eu heim!
Muito bom texto, amiga!!
Texto muito bom. Brigado!
Obrigada por esse texto! 🥰
Boa tarde, Sabrina. Gostei das reflexões. Não trabalho online e ri com o meme do concurso, é realmente libertador ser efetivo e não precisar ~performar intencionalmente~ para garantir renda. Há tempos sinto esse cansaço das redes tbm, tanto é que tive indas e vindas no instagram nos últimos anos. Atualmente tenho conta, mas raramente entro. Sentia esse cansaço tbm com o whatsapp e há uns meses deletei. Foi o sentimento mais libertador, algo instantâneo ao deletar a conta. É como se fossa dona do meu próprio tempo e demandas. Me comunico pessoalmente, por email, SMS/ligação ou pelo meu blog (escrevi recentemente sobre o tempo do professor, dialoga um pouco com a questão das redes/whats no trabalho https://quimicaempratica.com/2025/10/24/o-tempo-do-professor/). Mesmo digital, essa escolha parece analógica e dá certo alívio pra mente. Acredito que as redes promovem excesso de estímulos, nos deixam exaustos, mas são poucos que têm a sensibilidade para perceber o quanto estão sendo afetados. Esse excesso de informação e estímulos têm impactado ainda mais as crianças/adolescentes, que nem chegaram a viver num mundo um pouco mais lento. É claro que sou vista como inconveniente, anti-social, isolada, porque o excesso de redes e infos virou o novo normal. Fazer o quê. Também poderíamos discutir sobre como o conteúdo rápido e viciante tem provocado uma preguiça cognitiva, porque mesmo que busque fazer aulas que gerem engajamento, o cérebro dos jovens está ficando habituado a outro nível de estímulo: frenético, imediato e, por vezes, raso (por não conseguirem concentrar por muito tempo). Um grande desafio que estamos passando mundialmente, vivo/penso nisso todos os dias.
Concordo demais.. no início de novembro resolvi excluir o app do Instagram do celular e nunca mais entrei.. estou só no substack no momento e me sentindo bem melhor.. claro que faz falta ver stories de quem eu admiro o trabalho ou acompanhar família e amigos, mas parte deles está aqui também ou no YouTube.
Eu tenho o hábito de fazer limpa nas paginas que sigo com frequência, farei essa semana já que vc me lembrou! ehehe
Me desfiz das minhas contas no Facebook e no Instagram, em parte por causa disso.
Me distraía demais com aquela avalanche de posts inundando a minha timeline diuturnamente (fora o tanto de posts q achei interessantes, salvei, e depois nem reli e nem passei pra frente).
Tô pra fazer uma faxina parecida no Spotify e no YouTube.
É tanto canal e tanto conteúdo q eu acho legal, importante de engajar, ou que me desperte qualquer interesse, que se deixar eu fico o dia inteiro (e td dia) descarregando e carregando bateria de celular (com o aparelho alternando papéis de rádio e televisão várias vezes ao longo do dia).
Já tive q desativar a notificação de alguns canais, pq tava humanamente impossível conseguir assistir e ouvir td q chegava (e ainda ter uma vida normal).
Reflexão maravilhosa! Eu fiz o movimento de sair das redes sociais focadas em vídeos, pois elas não estavam me fazendo bem. TikTok eu deletei mesmo, mas o Instagram ainda está lá, só evito entrar. Ainda não consegui deletar porque foi um trabalho árduo e conheci muita gente legal por lá.
Mas antes de parar de usar, fiz essa limpeza que você sugere. Não sabia explicar porque eu seguia metade daquela gente.
Totalmente de acordo. Eu sigo tantas coisas apenas por querer engajá-las, pois são maravilhosas; mas, perco totalmente o controle no turbilhão de conteúdo.
O “Silenciar” ajuda bastante a não receber conteúdo não
prioritário. Ainda assim, tenho certeza que deixo de receber muita coisa necessária por não saber filtrar tão bem minhas curtidas.
Sim, também aprendi a não curtir tudo que aparece, porque vai afetar também o que recebo. A gente tem que melhorar o uso com as ferramentas disponíveis também.